quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Pedro Sousa Vieira


Um dos trabalhos do Pedro de que eu mais gosto. Apeteceu-me embelezar o meu blog!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Um céu sem estrelas

"Cansei os braços
A pendurar estrelas no céu.
Destino dos fados lassos.
Tudo termina em cansaços
Braços
E estrelas
E eu."
António Gedeão
Lembro-me sempre deste poema nos momentos tristes, como este. Pendurámos estrelas no Baixo Barroso e tudo teminou! Sinto cansaço por ter acreditado que era possível "O milagre no interior"! Que pena o ME ter fados tão lassos e nunca ambicionar um céu estrelado!

terça-feira, 15 de junho de 2010

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

O meu Paris Texas...



O BB, de branco, no dia 10 de Janeiro de 2009

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Eterno

Quero que gostes de Pina Baush, ou até já nem gostes,
queiras mais queiras diferente;
que gostes da cor e do risco forte de Miró
e do canto desiludido e fundo de Ferré;
quero que aprecies os cheiros sensíveis da eternidade
do grande bruto grande e do pequeno sensível e pequeno;
quero que mores nas páginas da Photo e que, sendo um modelo de virtudes
representes a cortesã mais lassa para mim;
quero-te com mãos de pedra e de veludo;
quero que ames o chique e a Serra d'Aire
- mais o safari que a recepção,
quero que mores e sofras nas páginas de Guido Crepax
e que te irrites com a perfeição absoluta de um retrato de Medina
quero que, se possível vivas dentro do anúncio do Martini
felina e ondulante numa ilha tropical
quero que sejas capaz de divertir-te, de soltar uma ampla gargalhada,
ante o espectáculo ridículo e obsceno de um homem de Quinhentos
a quem atribuíssem um número de contribuinte
quero que ames o longe e a miragem, como o Régio
e que sejas louca e sábia
que tenhas lábios e mordas,
língua e sorvas, sexo e sexes, salto e salto, riso e rias,
sorvedouro inteiro de vida, arrepio de garça, sacudir de cisne,
passos de corsa, graça de arlequim,
pose de Diva, corpo de areia e luz.
E quero que me dês, me dês muito, que me dês tudo,
e que abras as janelas de par em par ao Tejo
e fecundes um poema em cada gesto
e voes como a gaivota em cada espreguiçar
e partas para a Índia em cada cacilheiro
e que sejas, mores, vivas e creias
longe
muito longe daqui...

quero que sejas profundamente minha e ritual
obsessiva e lúcida, doente, febril, tremendo de desejo
disposta a tudo e a mais e a muito mais,
boca de Mundo, seios de Mármore, corpo de Alfazema
e sobretudo Mulher e sobretudo amante.
Se existires assim, nua, inteira, absoluta e pessoal
responde-me
que eu fico aqui, eterno, à tua espera.

(letra e música de Pedro Barroso in CD «Longe daqui»)

...saudades!